Hoje recebi um texto lindo sobre a maternidade!
Fiz umas alterações levando em conta a minha vivência de mãe!
É exatamente assim:
Um dia resolvemos encarar nossos medos e embarcamos junto com o marido na montanha russa da maternidade, sem saber pra onde os trilhos iam nos levar, onde estariam os loopings, onde estariam as retas, onde estaria o fim e se ia dar vontade de ir mais uma vez.
A gravidez porém, apesar de ser um tempo absolutamente necessário pra que a gente possa se preparar pra tudo o que vem pela frente, não nos prepara pra nada.
Não foi no dia do parto, nem no dia seguinte também que eu me tornei mãe. Na verdade, depois de algum tempo nos damos conta de que não é a nossa vida que tinha mudado completamente. Era eu, era minha essência que havia sofrido uma transformação profunda e definitiva.
Sou mãe.
E isso quer dizer que sou forte. Isso quer dizer que sou bicho. Isso quer dizer que sou mulher e que estou ouvindo os gritos da minha alma de mãe, de meu instinto maternal, de minha mãe, de minha avó e de todas as mulheres que me precederam neste ciclo perfeito da vida. Eu dei a luz. Eu dei vida.
Nunca mais serei a mesma. Ao mesmo tempo que sou mais sensível, sou mais forte. Ao mesmo tempo que estou mais cansada, tenho mais disposição do que jamais tive. Ao mesmo tempo em que me preocupo, sou prática e racional para buscar soluções e tomar decisões essenciais. O que antes era um grande problema, que demandava tempo, sofrimento, raciocínio e muito drama, agora mal existe.
Todos os meus medos, com exceção do de perder um filho, foram embora.
Minha mãe nunca soube de tudo. Hoje eu sei que ela muitas vezes fingiu saber. Tinha dúvidas, inseguranças, incertezas, mas nunca deixou transparecer. Mais tarde, na adolescência, foi sincera e muitas vezes me olhou nos olhos e disse: “eu não sei, filha, eu não sei”, mas na infância não, ela sempre me fez sentir segura, protegida. Para um filho, a gente é forte, a gente engole o choro, a gente quer mostrar o mundo de um jeito bonito, mesmo que às vezes uma guerra esteja acontecendo dentro do coração. Para um filho, a gente dá a própria vida.
E as outras mães, que eu tanto julgava... Só não peço perdão a cada uma delas por que sei que não é preciso. Quando nos tornamos mães nos redimimos dessa falha, passamos de predador à presa. Mal sabia o quanto eu mesma seria julgada, como sentiria à flor da pele tantas pessoas apontando meus erros, logo eu, que não me permitia errar. Mas é a ordem natural das coisas. Todos julgam uma mãe. Todos têm opiniões muito fortes sobre a criação de nossos filhos, sobre nossas escolhas e nossas decisões.
Não importa o que uma mãe faça, sempre será questionada, sempre será criticada, e ai dela se der ouvidos. Acabará num beco sem saída, num mar de conselhos inúteis, de simpatias imbecis, remédios caseiros e infelicidade. Por que ninguém, NINGUÉM sabe o que é melhor para um filho do que a sua própria mãe. Os erros, os acertos, todos vêm do coração, e no final das contas, é isso que fica.
E como eu sou feliz de sentir a força dessa mulher!
Como sou feliz por ter tomado essa decisão. Por ter encarado o desafio, vencido o medo da montanha russa. Como sou grata ao Léo e ao Vi por me ensinar tanto sobre mim mesma, por me mostrar que sou muito mais capaz do que jamais imaginei.
Ter filho é sim, difícil. Mas vale a pena.
Filhos, filhos, pra mim, é melhor tê-los.
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1 comentários:
Que lindo texto!!
Ao ler parece que foi escrito eclusivamente.
Bjs
Li
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